segunda-feira, 14 de maio de 2007

Berlim



Dia 23

Berlim está muito simpática. Arranjamos uma espécie de pousada da juventude, muito gira, toda arranjadinha e barata. Já agora fica a publicidade a pousada é "o circo".
Quem olha para Berlim dos dias de hoje vê uma cidade aparentemente sem história tal é a quantidade de edifícios novos. Mas se pensar na história recente da Humanidade, percebe que Berlim tem muita história e que foi reconstruída das ruínas da 2ªGuerra Mundial.
Começamos a visitar Berlim pela torre da televisão, alta e com um ar fresco apesar de já ser do tempo da guerra-fria.
A seguir aparece a catedral de Berlim, protestante, com uma cúpula gigantesca verde. O resto do edifício também é grandioso, como parece ser tudo nesta terra.
Depois aparece a Unter den Linden, uma enorme avenida com museus dos dois lados. Um passeio pela história e arte.
Ao final da "rua" estão as portas de Bradenburgo. Vamos até lá. As portas de Bradenburgo podem não ter a grandiosidade de outros monumentos mas tem um simbolismo quase inigualável.
Logo ao lado está o Reichtag (parlamento). Inigualável no aproveitamento das fachadas históricas e um inovador, e adequado às novas necessidades, edifício no seu interior.
Do outro lado das portas de Bradenburgo encontra-se o memorial ao Holocausto. Para nunca mais ninguém se esquecer.
No Sonycenter toda a pujança da arquitectura e engenharia modernas são mostradas ao mundo. De ficar de boca aberta.
Chegando ao checkpoint Charlie, ponto de passagem de Berlim ocidental para Berlim Oriental, uma série de murais contam a história recente do Mundo. Este era o ponto de separação entre 2 mundos, 2 maneiras de pensar, 2 formas de vida, que se defrontaram não de uma forma directa, mas por obtenção de supremacia. São explicados uma série de acontecimentos, como a Guerra do Vietname, os protestos e repressões no Leste, a crise dos mísseis em Cuba, o fim da Perestroika, até à unificação da Alemanha.
Outra das melhores características de Berlim são os transportes públicos. Em especial os que andam sobre carris. Fáceis de entender, com grande cobertura da cidade, e pelo que deu para ver, turista não paga, pelo menos a entrada não é bloqueada.
Por toda a cidade encontram-se partes do Muro de Berlim, mas só na East side Gallerie se consegue veros grafitis, os desenhos, sentir a frustração que seria para os habitantes da Alemanha de leste não poderem atingir o nível de vida que existia do outro lado. Marcante.
Berlim é uma cidade tão grande mas com uma aparente organização, que faz inveja a quase todos.
Não deu para subir à torre giratória do parlamento, mas fica para a próxima pois de certeza que vai haver uma próxima a Berlim tal foi a impressão deixada.
Agora vamos para Dortmund e depois para Amesterdão.
A caminho de Dortmund passamos por Wolfsburg. A terra dos Wolkswagen, onde sem sair do comboio vimos a fabrica original destes carros.
Há uma nova necessidade nesta viagem. Já foi a fome, já foi o sono, e também o calor, mas agora é o frio. Uma mantinha sabia bem. Quem veio preparado para a Europa de Sul, no Verão, chegar a Berlim ou Amesterdão e falta roupa. É preciso aguentar. Procurar os sítios quentes.
Dortmund também já faz parte do roteiro.

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