segunda-feira, 14 de maio de 2007

Turquia Bulgária Roménia



Dia 17

A fronteira turca é de facto indescritível. Hoje para além de tudo o que já se tinha passado da outra vez, estava infestada de gente dos países de leste, a feder a sei lá o que e que não tem a menor capacidade de organizar uma coisa simples como uma fila.(isto é a pura verdade sem qualquer tipo de atitude discriminatória). E depois refilam se uma mulher lhes passa à frente para ser atendida primeiro. Experimentem!!
Já fizemos mais uns amigos. Uns alemães que ficaram no nosso compartimento a caminho de Bucareste.
Tem coisas boas e más viajar com companhia. Primeiro temos de fazer conversa o que é bom, mas quando se quer dormir é difícil pois alguns não querem dormir.
O alemão parece o doctor Fritz das ss. O engraçado é que o último nome dele é Fritz!! Assustador.
Uma das coisas mais agradáveis de viajar de comboio é estar à janela a sentir o vento resultante do movimento do comboio e ver as paisagens que cada sitio tem para oferecer. Muito agradável.
O funcionamento dos comboios nesta parte da Europa é muito interessante. Cada vagão tem um controlador que faz toda a viagem que esse vagão vai fazer. A constituição inicial do comboio não é a mesma que à chegada. Ou seja nós partimos de Istambul, onde havia vagões que iam para Sófia, Belgrado e Bucareste. Mas os vagões vão desligando-se desse comboio e ligando-se a outros conforme o seu destino. Parece confuso mas é muito simples e os passageiros quase não dão por isso, e principalmente não precisam de estar a mudar de comboio no meio da noite. Só saem mesmo para ir ter com os guardas fronteiriços da Turquia.
O dia de hoje está a ser passado em viagem. Ainda bem que trouxemos alguma comida. Mas tem sido agradável, com os nossos amiguinhos alemães e com as excelentes paisagens que a Bulgária nos tem oferecido. Algumas mesmo fascinantes.
Basicamente temos estado a dar a volta à Bulgária de comboio. Já estivemos junto ao mar Negro agora estamos a ir paralelamente à fronteira com a Roménia. Espero ainda chegar a tempo de ver algo de Bucareste.
À mulher de César não basta ser séria, tem que parecer e nas fronteiras entre estes países que estamos a atravessar, há sempre uma sensação de tráfico. Não se sabe bem de que mas tem-se essa sensação!!
Uma das profissões associadas aos comboios são uns senhores que fazem as ligações entre as carruagens, ligando uns cabos e uns ganchos. Importantíssimo e interessante.
Já estamos na Roménia. E começou logo a deixar boa impressão. Pois o polícia fronteiriço, para além de fazer o seu trabalho correctamente, conseguiu ser simpático e ainda mandou umas piadas. Parabéns Roménia.
Uma distância de alguns quilómetros e tudo muda. O relevo, na Roménia muito mais plano e cultivado, a língua, agora nós percebemos alguma coisa do que está escrito, as pessoa, são aparentemente mais simpáticas e prestáveis. Vamos ver.
Bucareste deve estar a aparecer. Depois de bastantes horas no comboio, uma volta à Bulgária, estamos a chegar.
Momento fantástico!!!No pôr-do-sol, o céu apresentava uma paleta de cores entre o laranja, o amarelo, o azul claro e o azul-escuro. Num instante o céu ficou azul-escuro. Inesquecível. O pôr-do-sol da Roménia... Indescritível. Talvez inigualável.
Chegamos a Bucareste. Entender o dinheiro deles foi difícil. Pois 10000=1. Ou seja uma é a nota antiga, a outra é a actual. O custo de vida é baixíssimo. Com uns tostões comprasse pastéis para vários dias. E o povo tenta sacar mais uns trocos a todo o custo. É a vida, dura.
Amanhã vamos ver Bucareste e talvez Brasov, a famosa Transilvânia do conde Drácula.
A casa de banho do hotel onde nós vamos ficar tem chuveiro mas não tem base, ou seja tomamos banho no meio da casa de banho, a molhar tudo.

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