segunda-feira, 14 de maio de 2007

Budapeste


Dia 19

Quando chegamos à carruagem estava lá um senhor de meia-idade, já vinha de Bucareste. Foi sempre simpático mas quando vinha o revisor ele ia com ele lá fora e entregava-lhe umas notas. Na passagem da fronteira Hungria-Roménia, nenhum problema. Quando já estávamos a chegar a Budapeste ele pediu-me para sair do meu lugar, sempre muito simpático. Ele levanta o meu banco, pega numa chave de fendas e debaixo do meu lugar começa a tirar Cd's, K7's, tabaco, e um pacote que não deu para identificar o conteúdo. Foi emocionante. Agora o problema põem-se. Denunciar ou não. Será que o risco de uma operação destas é compensado pelos lucros. Se a policia quisesse podia descobrir isto facilmente tal é a rudimentaridade. Mas será que a policia se interessa. É assim que entram na UE uns quilos de tabaco, Cd's e K7, mas poderia ser algo muito mais perigoso. Será que nos podemos sentir seguros? Quando ainda à uns anos eles faziam parte da origem do tráfico.
Já estamos em Budapeste. Não foi fácil tomar decisões. Pois alguma coisa vai ter que ficar mal vista, pois as viagens são muito curtas e não dá para passar a noite na viagem. Por isso vamos ficar hoje em Budapeste e logo se vê.
Vamos começar pela Buda e depois à Peste. E qual é o melhor sitio para começar a visitar Budapeste senão a sua Cidadella. A vista é soberba. O Danúbio continua azul como nunca.
No mercado Central sai-se um pouco do circuito turístico e vê-se o dia-a-dia dos húngaros.
Ao passear nas margens do Danúbio a inspiração que já iluminou outros, dá-nos vontade de continuar pelas ruas carregadas de edifícios monumentais e por outros mais simples e recentes.
A próxima paragem é na catedral de Sto Estevão (ou qualquer coisa parecida) a maior da Hungria. Grande por fora, ostensiva por dentro. Cheia de mármores, candeeiros cobertos a folha de ouro assim como os tectos. Bonita.
A ópera tem o seu requinte exterior mas principalmente interior.
E chegamos ao parlamento, o monumento mais importante de Budapeste, talvez da Hungria. Com os seus telhados vermelhos e as suas fachadas que já foram brancas e agora escurecidas pelo tempo e poluição da cidade.
Na ilha Margarit (Margarida) encontram-se relaxantes sombras e fazem-se revigorantes passeios.
Depois há uma série de templos e igrejas todos muito diferentes e interessantes.
O Palácio Imperial, símbolo do império Austro-húngaro ainda tem a imponência desses tempos.
Para fim de visita a Budapeste nada melhor que uma sopa Goulash, com paperika, um dos produtos nacionais.
Budapeste é também um destino com bastantes portugueses, preços baixos, alguma qualidade, são o atractivo principal.
Hoje encontramos uns tugas, todos surfistas. Foi de rir vê-los a falar.
Amanhã vamos para Vienna.

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